sábado

Soneto 116 - William Shakespeare

Dentre tantas tentativas de explicação do famigerado amor, tão desgastado pela mídia e tão exaltado pelos poetas, somente esta realmente me convenceu:

De almas sinceras à união sincera
Nada há que impeça.


Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

Um comentário:

Raquel Fagundes disse...

lindo isso tudo!

forte, simples. quem ama não precisa dizer, é automático, só precisa deixar acontecer.